a associação industrial portuguesa (aip) está a organizar uma missão empresarial que, entre 12 e 18 de janeiro, deverá levar várias empresas ao segundo país mais populoso do mundo, com 1,24 mil milhões de pessoas. a iniciativa inclui reuniões bilaterais entre representantes dos dois países e a participação no congresso internacional índia e o mercado lusófono, que decorrerá em goa.
o mercado indiano, considerado uma potência emergente, esteve também em destaque no seminário ‘oportunidades de negócio e investimento na índia’, promovido recentemente pela câmara de comércio e indústria portuguesa, em parceria com a confederação internacional dos empresários portugueses.
no encontro, além da partilha de experiências de companhias portuguesas que já operam na índia, como a efacec, a vivafit ou a northern tannery, foram identificadas as principais áreas de aposta no país, numa fase em que as perspectivas comerciais são positivas e há margem para aumentar as exportações.
naquela que pode vir a tornar-se na terceira maior economia asiática, a seguir à china e ao japão, as infra-estruturas como aeroportos, portos, auto-estradas e metropolitanos «são uma oportunidade colossal», considerou o presidente da associação de amizade portugal-índia, eugénio viassa monteiro, na sua intervenção. e salienta que há mais de 150 mil milhões de dólares de investimentos previstos por ano, em parcerias público-privadas.
a construção civil, o outsourcing de actividades mais intensivas em mão-de-obra, a compra de produtos e serviços de software, engenharia ou saúde, a venda de conhecimento em áreas como o turismo ou a criação de pontes com o mundo lusófono representam outras oportunidades, aponta o também professor da aese – business school.
com a passagem da economia agrícola para a de serviços, a índia necessita de indústrias complementares que suportem a agricultura e a pesca, relacionadas, por exemplo, com a rede de frio e irrigação, equipamentos, processamento alimentar ou redes de comercialização.
segundo o ine, entre janeiro e outubro as exportações portuguesas para a índia subiram 20% face a igual período de 2012. a liderar estão as máquinas e aparelhos, metais comuns e veículos e outro material de transporte, mas portugal envia também plásticos e borracha, químicos e pasta e papel.
e há potencial para crescer nas peças e acessórios para tractores, motores e geradores eléctricos, fertilizantes, máquinas, móveis ou fornos industriais.