Concertação social vai ter mais cadeiras

O Conselho Económico e Social (CES) vai passar a ter mais cadeiras à mesa. A maioria vai aprovar, no início de Janeiro (dia 9), uma alteração à sua composição para passar a integrar dois representantes dos portugueses emigrantes.

actualmente, são 23 os membros da concertação social, presidida por silva peneda. mas o psd quer ir mais longe e, na discussão na especialidade, pretende ainda propor chamar para o ces um representante dos trabalhadores jovens e outro dos reformados.

«queremos alargar este órgão de reflexão representativo, de modo a ajustar o ces a uma dinâmica social onde ganham prevalência outras entidades», explicou ao sol o deputado do psd, adão silva.

em recente entrevista ao sol a presidente da associação de aposentados, pensionistas e reformados, maria do rosário gama, afirmou que obteve «promessas do psd de que se ia mudar a lei», nomeadamente, de adão e silva, para terem assento no ces. o deputado explica, porém, que não é bem assim: «concordamos em ter um representante dos reformados no ces, mas isso não quer dizer que seja alguém desse movimento».

quanto aos emigrantes, os vários partidos concordam com a inclusão destes representantes. o problema é que o psd quer que os dois elementos sejam designados pelo conselho permanente do conselho das comunidades portuguesas (ccp), enquanto ps e pcp defendem que estes sejam eleitos dentro do seu órgão – uma vez que a direcção do ccp tem sido tradicionalmente favorável ao governo em funções.

helena.pereira@sol.pt