Os desafios da Beira e do Douro

Rui Roboredo Madeira faz parte de uma nova geração de produtores e assume a sua enorme paixão pelos vinhos do grande vale do Douro. É na Beira Interior, na Vermiosa (junto à fronteira com Espanha), que tem em mãos um dos seus maiores desafios e de onde sai o seu Beyra Quartz 2011.

 a viticultura faz-se a mais de 700 metros acima do nível do mar, o que lhe permite subir os teores de acidez, vinhos com mais cor e aromas e sabores mais potenciados. nesta zona, entre solos graníticos e xistosos, existem muitos filões de quartzo que permitem uma melhor insolação devido à reflexão da luz solar no mineral, acabando também por favorecer as maturações. esta colheita de 2011 deu um vinho branco muito gastronómico, mineral, fresco, com muita toranja. é um branco complexo e pode durar até seis anos.

um outro projecto seu, este já no douro superior, mais precisamente em freixo de numão, nasceu em 2007 fruto da recuperação da quinta da pedra escrita, propriedade de sua mãe. a uma altitude média de 575 metros e em solos secos, graníticos e arenosos (muito pobres em nutrientes), fez um vinho com que sempre sonhou. acreditando que os solos de granito em altitude no douro superior dão origem a vinhos com aromas de grande complexidade e também com enorme longevidade, rui roboredo madeira ‘desenhou’ o seu branco quinta da pedra escrita do qual provámos a colheita de 2011. com aroma muito cítrico e mineral, notas de toranja e forte mineralidade, revelou-se muito persistente na boca e muito elegante. estamos aqui em presença de outro vinho bastante gastronómico.

falta-nos ainda falar de um tinto: o castello d’alba grande reserva 2011, feito na sua adega de s. joão da pesqueira com selecção de uvas do douro superior. o castello d’alba foi o primeiro vinho que fez, em 2000, pretendendo com ele mostrar um novo douro, com um estilo próprio e moderno. no nariz nota-se de imediato a touriga nacional e o aroma a basílico. é denso, com muita fruta, conservando a alma das castas autóctones do douro.

enfim, todos eles grandes apostas para os dias de festas que culminam a 1 de janeiro com o tradicional almoço de ano novo. e por falar em ano novo, desejo a todos um óptimo 2014.

vértice distinguido
vértice foi considerado o melhor espumante português pelo prestigiado guia internacional christie’s world encyclopedia of champagne & sparkling wine. frutado, complexo e com boa acidez é, sem dúvida, uma boa companhia para as festas.

gancia lança prosecco
gancia, a marca de espumante italiana, acaba de estrear-se na categoria dos espumantes secos com o seu prosecco. ao mesmo tempo, a gancia inaugura uma nova imagem com um moderno formato de garrafa.

brindar com piper heidsieck
a piper heidsieck chega à época das festas também com uma imagem, desta vez a embalagem lightbox. com uma cuidada selecção das castas pinot noir e pinot monier, este champanhe era o preferido de marilyn monroe.

beyra quartz branco
ano: 2011
região: beira interior
castas: síria e fonte cal

quinta da pedra escrita branco
ano: 2011
região: douro
castas: alvarinho, rabigato, verdelho e viognier

castello d’alba grande reserva tinto
ano: 2011
região: douro
castas: touriga nacional (75%) e vinhas velhas
(tinta amarela, tinta barroca, tinta francisca, tinta roriz, touriga franca e sousão)

jmoroso@netcabo.pt