nesse ano, os portugueses tinham um peso de 31% nas noites vendidas, caindo para 26% em 2011 e para 23% em 2012. em 2013, esse indicador ficou nos 16%, com as dormidas de portugueses a recuarem 28%. já as dos espanhóis caíram 6%.
“o peso dos portugueses é dramático”, lamentou hoje o presidente da comissão executiva da cadeia portuguesa, alexandre solleiro, num encontro com jornalistas no tivoli palácio de seteais, sintra.
no ano passado, os hotéis tivoli tiveram uma ocupação de 61% – cerca de 0,5 pontos acima da conseguida em 2012 – para um total de meio milhão de dormidas.
“tivemos esta ocupação apesar do tremendo aumento de oferta que compete directamente connosco”, realçou o responsável.
os turistas do reino unido foram dos que mais cresceram no número de noites passadas nos tivoli em portugal, subindo 13% e assumindo um peso de 22% no total registado pela cadeia, ou seja, tornando-se no seu primeiro mercado.
seguiu-se a alemanha com um aumento de 3%. o brasil, onde as receitas em reais subiram 18%, manteve.
sem revelar mais dados financeiros, alexandre solleiro defende que em portugal continua a haver excesso de oferta hoteleira. e nota que nos tivoli, onde a restauração representa 35% do negócio, se sentiu o impacto do iva e da retracção do consumo.
“duvido que com 50% de ocupação no total do país, a hotelaria portuguesa ganhe dinheiro. com essa ocupação, um hotel não perde dinheiro ao nível de resultado operacional. mas se houver juros, não os paga e muito menos paga o investimento, sobretudo tendo em conta os preços que se praticam em portugal. se se ganhasse dinheiro não teriam fechado tantos hotéis, nem teriam entrado tantas unidades em fundos de investimento, no ano passado”, argumenta.
questionado sobre a venda da rede de hotéis tivoli – que a casa-mãe, a holding rioforte, detida pelo grupo espírito santo, já assumiu poder vir a alienar -, alexandre solleiro recusou comentar.
“a minha missão é muito clara: valorizar a empresa. e quanto a isso cumprimos as metas para 2013”, afirmou apenas.