“a única informação que tivemos sobre as alterações ao código foi-nos enviada por e-mail pelo comando-geral”, lamentou ao sol o presidente da associação sócio-profissional independente da guarda (aspig), josé alho. e explica que essas informações chegaram tarde: os primeiros e-mails foram recebidos em dezembro, mas há militares que apenas foram informados em janeiro, ou seja, já depois de o novo código ter entrado em vigor.
o comando-geral da gnr recusa qualquer ausência de formação: “o comando difundiu o novo código a todo o dispositivo para que fossem desenvolvidas acções de formação”, diz fonte oficial, acrescentando que há um manual de trânsito na intranet da guarda, acessível a todos, “para acções de formação de carácter individual e colectivo”.
josé alho contrapõe que desde a extinção da brigada de trânsito que a gnr deixou de receber formação contínua. a maioria dos agentes tem muitas dúvidas sobre as mais de 60 novas regras do código e as mudanças de procedimentos que impõem: “a má aplicação da lei pode originar processos disciplinares aos militares”, avisa.
já na psp o cenário foi outro. “todos os polícias que se dedicam apenas ao trânsito receberam formação a poucos dias do final do ano”, explicou ao sol paulo rodrigues, presidente da associação sindical dos profissionais da polícia. de fora desta formação ficaram todos os polícias que estão nas esquadras e são chamados a acudir a todas as situações, que foram apenas informados por e-mail.