num comunicado hoje divulgado, a empresa diz que no dia 04 de janeiro as chamadas falsas e os contactos anónimos para a linha representaram 15,7% do total das chamadas recebidas, o que deu origem “a tempos de espera anormalmente elevados”.
a administração da linha encara este episódio como um “ataque”, sublinhando a “gravidade da situação”, e afirma que vai promover as “medidas adequadas” junto do ministério da saúde e das ordens profissionais “por eventual violação dos códigos deontológicos e de conduta profissional”.
“serão igualmente desenvolvidas acções junto das autoridades judiciais para aferir as respectivas responsabilidades face a estes actos [chamadas falsas e anónimas]”, refere o esclarecimento da empresa.
este volume anormal de chamadas falsas e anónimas ocorreu no dia em que cerca de metade dos trabalhadores da linha não compareceu ao trabalho, em protesto contra a redução do valor pago por hora.
na origem do diferendo entre os trabalhadores e a empresa está a intenção de reduzir o valor pago por hora, que passaria a rondar os quatro ou cinco euros/hora líquidos.
em declarações anteriores à agência lusa, o administrador da linha justificou a redução dos pagamentos com a diminuição do montante que o estado paga à empresa, que este ano será “70% mais baixo do que o valor inicialmente contratado”.
no comunicado hoje enviado, a administração da linha lembra que se encontra em diálogo com o sindicato dos enfermeiros portugueses desde o dia 23 de dezembro e que das reuniões resultou um conjunto de propostas que serão discutidas com os enfermeiros.
lusa/sol