“estou cheio de vontade de fazer mais resorts no brasil. estão a correr-nos bem”, revelou o presidente do grupo, jorge rebelo de almeida, num encontro com jornalistas esta semana. indicando que os preços de terrenos estão a baixar, aponta santa catarina, o litoral de são paulo e alagoas como localizações prioritárias. actualmente a construir um hotel no rio de janeiro – um investimento de 30 milhões de euros que será inaugurado a 5 de outubro -, o grupo “deu uma travagem” na intenção de ter uma rede de hotéis económicos no brasil, porque já há bastante oferta.
mas está a avançar com o vg sun, um projecto com 330 apartamentos no cumbuco, perto de fortaleza, 40% já comercializado.
“temos margem para crescer no brasil” acredita jorge rebelo de almeida, considerando que, dada a dimensão do país, “há poucos resorts”. em 2013, a facturação da operação brasileira alcançou, pela primeira vez, as receitas obtidas em portugal, onde a vila galé tem o triplo dos hotéis que tem do lado de lá do atlântico. foram 200 milhões de reais (o equivalente a 63 milhões de euros), mais 16% do que em 2012, embora o efeito cambial do real tenha prejudicado os resultados. sem este impacto, as receitas vindas do brasil superariam as de portugal.
“o ano correu relativamente bem”, sublinhou por sua vez gonçalo rebelo de almeida, administrador do grupo. o gestor deu conta de uma subida de 5% na actividade em portugal, para 63,5 milhões de euros. “não estamos perto dos melhores anos, 2007 e 2008, mas inverteu-se a tendência de queda consecutiva nos anos seguintes”.
a par da maior procura por parte de ingleses, irlandeses, alemães e franceses, “o mercado português foi a agradável surpresa”, contribuindo com 40% das dormidas em portugal. os hóspedes italianos e espanhóis registaram quebras.
a preparar-se para ter um hotel em évora – cuja construção pode arrancar em fevereiro, caso se resolvam algumas questões com a autarquia – o grupo vila galé quer alargar a presença em portugal. “andamos loucos à procura de algo no centro de lisboa, na parte antiga da cidade”, realça jorge rebelo de almeida. “não temos camas a mais. temos é procura a menos. temos de vender mais e atrair mais turistas para portugal”, sustenta. “entre portugal, brasil e outros destinos, analisámos durante os últimos meses mais de 50 possibilidades”, contabiliza por sua vez gonçalo rebelo de almeida.