finalmente, esta crise internacional, veio demonstrar que o tigre celta tinha pés de barro, e não apenas por optar por um desenvolvimento injusto, que enriquecia o pib do país e uma pequena parte da população mais favorecida, deixando a maioria ao abandono e na pobreza. mesmo à luz das leis dos mercados e dos liberais egoístas que só vêem pibs e ricos, o modelo irlandês era tão errado, e tão baseado na especulação, que foi dos primeiros países a caírem na crise.
o pior de tudo é que ninguém parece ter aprendido nada com o caso: a irlanda foi empurrada para seguir o mesmo caminho, depois de uma varredela das finanças à custa dos contribuintes mais pobres, os que nunca se sentam à mesa do pib rico. e o resto da europa foi instado a seguir o mesmo exemplo (com grande gáudio dos nossos passos-portas). mesmo algumas promessas de penitência, nos tempos em que a crise ainda estava aguda e não era certo poder atirá-la para cima dos contribuintes mais baixos, como separar a banca de depósitos da especulativa (sistema em vigor antes da crise e dos liberalismos reagan-thatcher-blair-schroeder) – nem isso se fez.