nunca ninguém se convenceu com o despedimento de nuno santos de director de informação da rtp. cheirou imediatamente a caso politico, e o visado naturalmente recorreu aos tribunais.
agora, na véspera do julgamento do seu caso, a rtp apressou-se a chegar a acordo com ele, pagando-lhe uma indemnização, para desistir do processo judicial. é uma maneira de alberto da ponte vir finalmente confessar publicamente que não houve nenhuma razão legal para o despedimento de nuno santos – pelo que se reforçam as convicções dos motivos políticos.
o problema é os contribuintes serem descaradamente chamados a pagar de várias maneiras a governamentalização da rtp. já estávamos habituados, embora muitos não totalmente convencidos, com a taxa paga através da conta da edp. mas o acréscimo dos tribunais, por atitudes abusivas da administração ou de governantes, devia ser paga pelo bolso destes, e não dos contribuintes (ou, o que é o mesmo, da rtp).
lanço pois um apelo para que a indemnização de nuno santos, seguramente merecida por ele, seja paga do bolso de alberto da ponte – ajudado por algum governante que eventualmente o tenha empurrado para a decisão (que ele, de qualquer maneira, se fosse eticamente irrepreensível, recusaria).