Roupas da criança da Madeira analisadas

A Polícia Judiciária (PJ) da Madeira enviou para o Laboratório de Polícia Científica, em Lisboa, as roupas e a fralda com que foi encontrado o pequeno Daniel, há uma semana.

Segundo apurou o SOL, o material apreendido (recolhido no Centro de Saúde da Calheta na manhã do dia em que a criança foi encontrada por um grupo de levadeiros) foi enviado para análise. Nas roupas poderão ser encontrados vestígios (fibras diferentes ou mesmo cabelos) pertencentes à pessoa (ou pessoas) que estiveram com Daniel. Tais vestígios, uma vez cruzados com o perfil de ADN de eventuais suspeitos, poderão ajudar a investigação a fazer prova de quem deixou o menino abandonado na serra.

Na altura em que desapareceu, o bebé vestia calças azuis escuras, um casaco alaranjado com cinzento, sapatilhas pretas e uma chucha vermelha – a mesma roupa com que foi encontrado.

Em causa poderão estar a prática dos crimes de rapto (puníveis com prisão entre dois a oito anos) e exposição ou abandono (uma cinco anos de prisão).

A criança de ano e meio voltou a casa, ao Lombo das Laranjeiras, no Estreito da Calheta, depois de um período de internamento no Centro Hospitalar do Funchal. A situação financeira da família é complicada: pai e mãe estão desempregados, têm mais uma filha (de quatro anos) e vivem na casa do avô paterno das crianças com outros familiares, em condições precárias.

O Governo Regional da Madeira aprovou a recuperação da casa concedendo um apoio até 15 mil euros. O apoio financeiro não é a fundo perdido, mas antes ao abrigo do PRID (Programa de Recuperação de Imóveis Degradados).

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