Até que o sonho se materializou. Em 2003 foi comprando pequenas parcelas da propriedade pertencente à Quinta do Vidiedo e, em homenagem ao seu pai, baptizou-a como Quinta do Pôpa. Com os actuais 27 hectares, na sua maioria dominados pela casta Tinta Roriz, vai dando corpo àquele sonho na região seca e quente do Cima Corgo, em Adorigo, no concelho de Tabuaço.
E é desta terra que fomos provar as últimas novidades, a começar pelos vinhos da gama de entrada Contos da Terra, o branco de 2012 e o tinto de 2011. O primeiro muito fresco e elegante, feito com Viosinho, Malvasia Fina, Fernão Pires e Moscatel, e o segundo (Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca e Touriga Franca) apresentando boa estrutura, acidez, equilíbrio.
Seguimos para a prova do Pôpa TN, um vinho do Douro ao estilo da Bairrada, como nos disse Luís Pato, o enólogo bairradino que dá corpo a este projecto duriense a par de João Menezes e Francisco Montenegro. Elegante e sem madeira a dominar (e também sem aquele aroma a violetas normal na Touriga Nacional), tem uma boca espectacular e revela mineralidade.
Provámos também o Pôpa TR, muito elegante na sua Tinta Roriz, revelando ser persistente e com final de boca longo, para acabarmos com o tão falado Pôpa Vinho Doce Tinto. Este foi elaborado a partir do blend de 21 castas de vinhas velhas com mais de 60 anos, colhidas no final da vindima. É um vinho natural ao qual foi apenas interrompida a fermentação, para ficar doce. Ideal como aperitivo ou para acompanhar doces.
E eis como de um sonho se fazem bons vinhos e atenção que está aí a chegar outro sonho: o Pôpa Vinhas Velhas 2009.
Pôpa Tinta Roriz
Ano: 2009
Região: Douro
Casta: Tinta Roriz
Pôpa Touriga Nacional
Ano: 2009
Região: Douro
Casta: Touriga Nacional
Pôpa Tinto Doce
Ano: 2011
Região: Douro