SOL
Paulo Portas
Aproveitou a injustificada ausência de Passos Coelho (achará inútil e cansativo ir discursar a congressos partidários em Espanha?!) para brilhar na convenção do PP espanhol como representante político do centro-direita português. Fez um discurso em castelhano fluente, com os soundbites do costume, muito aplaudido e cuja ideia central – ‘os socialistas são muito bons a gastar dinheiro, mas depois chamam-nos a nós para compor as coisas’ – seria repetida no dia seguinte pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy. O líder do CDS não desperdiça oportunidades destas para se afirmar e até achou graça a ser apresentado pelos microfones como… Pedro Passos Coelho.
SOMBRA
Alberto da Ponte
Já se percebeu que o presidente da RTP se tem em grande conta e gosta de se ouvir falar. Gosta tanto que não resiste a entrevistas com umas frases politicamente incorrectas (mesmo que empresarialmente disparatadas) que dêem brado e obriguem a falar de si. Mas tem esticado a corda ao funcionar como se não tivesse ministro da tutela, contrariando as suas opiniões ou ignorando-o. E a sua RTP à procura dos tais 22% de audiência é, cada vez mais, um sucedâneo pobre da TVI e da SIC, com a mesma lógica comercial… mas que custa aos contribuintes 200 milhões de euros por ano.
Barreto Xavier
É possível argumentar que os 85 quadros de Miró podem ficar como um activo da CGD em vez dos 36 milhões e sem mais encargos para o Estado. Tal como é legítimo questionar que, com esse dinheiro, haveria outros investimentos culturais mais justificados. O secretário de Estado da Cultura é que não pode agir e falar como se fosse o titular das Finanças. Mostrando-se mais interessado na venda do que na manutenção – sem custos para a sua pasta – das obras de Miró.
Manuel Damásio
O presidente da Universidade Lusófona fala de ‘centrais de desinformação’ contra a instituição, continuando mais interessado em encobrir os excessos de violência das praxes do que em contribuir para que se desvende a verdade da tragédia do Meco. Lamentável.