O gestor afirmou que Janeiro correu bem ao grupo, mas alertou para o perigo da deflação. “O negócio este ano arrancou muito bem, mas com um aspecto muito preocupante: passámos o mês de Janeiro com uma deflação de 5% nos preços. É muito preocupante para um país como o nosso”, frisou, apontando o efeito das promoções. E sublinhou que nos seus supermercados não nota que os portugueses tenham mais rendimento disponível para consumir.
O empresário mostrou-se ainda descrente quanto à saída da crise. “Não saímos dela em Maio, porque temos uma dívida para pagar e precisamos de um perdão de dívida ou de uma renegociação com muitos anos, senão não saímos disto”, defendeu, acreditando que a retoma de consumo vai tardar porque a carga fiscal aumentou. “Andam a contar-nos uma grande história”, disse, adiantando que a Jerónimo Martins contabiliza diariamente os consumos “e as pessoas não estão a gastar mais”.