Promessas revogáveis

António José Seguro disse há dias que as promessas de Paulo Portas são irrevogáveis, até ele as querer revogar. É tristemente verdade. E mais triste, porque o problema não é só de Portas.

Quem não se lembra do que Passos Coelho disse na campanha eleitoral, e depois do que fez no Governo? Quem não se lembra de que recusou um PEC IV, por atingir pensionistas e funcionários, para depois, radiantemente instalado no Poder, se empenhar num Memorando com a troika que arrasava pensionistas e funcionários, além de toda a parte mais frágil dos cidadãos? Quem não se lembra de Durão Barroso dizer que não aumentava impostos na campanha, para os aumentar mal chegou ao Governo? Quem não se lembra do nariz de Pinóquio de Sócrates, sempre a crescer?

Se, enquanto a isto, pudéssemos ficar descansados com Seguro, era um seguro descanso. Apesar da preocupação de ele quase não prometer nada.