Conclusão: tendo em conta aquelas enchentes, com várias sessões esgotadas, vemos que Bergman não é um realizador apenas de intelectuais, mas um cineasta verdadeiramente popular. Passaram filmes talvez mais pesadotes (como Lágrimas e Suspiros, por exemplo) a deliciosas comédias de triângulos sentimentais (Uma lição de amor), passando por histórias de vida extraordinárias (Morangos Silvestres) – sempre suficientemente densos para valerem a pena. Os críticos deveriam ter vergonha de sequer falarem de Bergman, naquela sua linguagem hermética e vazia: porque ele está para além desses críticos, e das suas ‘masturbações’ retóricas, e chegou ao coração de um grande público, que se lhe rende apaixonadamente. E com ele se delicia.
A popularidade de Bergman
Entreguei-me de alma e coração ao Ciclo Bergman no Nimas, 1ª parte (entre 9 de Janeiro e 5 de Fevereiro últimos), e fiquei feliz não só por ver os filmes (17, 10 dos quais restaurados), como por reparar que não via o Nimas tão cheio talvez desde que ali passou, há já muito tempo, o…