O antigo autarca de Oeiras continua sem revelar uma consciência crítica dos actos que praticou, não tendo interiorizado os seus deveres enquanto cidadão, nem enquanto titular de um cargo público, alega o procurador.
Este é um dos argumentos do Ministério Público para dar um parecer negativo ao pedido de Isaltino Morais de antecipar a liberdade condicional com pulseira electrónica, abandonando a prisão da Carregueira onde está a cumprir uma pena de dois anos por fraude fiscal e branqueamento de capitais.
No despacho do início da semana, o procurador da República alega também que, perante o fenómeno da fraude ao fisco e branqueamento de capitais, seria muito mal tolerado pela sociedade que Isaltino beneficiasse tão cedo de prisão domiciliária, quando não cumpriu sequer metade da pena a que foi condenado.
A decisão final está nas mãos da juíza do Tribunal de Execução de Penas.