“A decisão da CNPD é totalmente infundada e despropositada e a Optimus irá impugná-la em todas as instâncias que tiver ao seu dispor”, anunciou fonte oficial da operadora, que considera lamentável todo este processo.
Segundo a decisão da CNPD a que o SOL teve acesso, a Optimus não cumpre todas as regras de segurança, permitindo o acesso aos dados telefónicos por funcionários que não precisam de ter conhecimento da informação. A Optimus não tem em prática medidas que impeçam que os dados dos seus clientes possam ser lidos, copiados, alterados ou retirados por qualquer funcionário da empresa, tal como aconteceu com os dados do telefone do então jornalista do Público Nuno Simas que, em 2010, foram copiados por uma funcionária e enviados aos serviços secretos. Segundo a CNPD, na Optimus havia 2013 funcionários que podiam aceder àqueles dados.
Em reacção à decisão da CNPD, a Optimus diz que a empresa foi também vítima de espionagem por uma funcionária, espionagem que só é do conhecimento público porque a operadora “ajudou” a resolver este caso “descobrindo o prevaricador”. Por isso considera incompreensível que este processo, “tenha como consequência uma gravíssima acusação à sua integridade e bom nome”.