Quando o país e a população não coincidem

Luís Montenegro, líder do grupo parlamentar do PSD nesta época na minha opinião infeliz de Passos Coelho (e que tão pouco tem a ver com a matriz do Partido), no Congresso deste fim-de-semana, segundo os jornais, declarou mais ou menos isto: «A vida das pessoas não está melhor, mas não tenho dúvidas de que a…

Como católico e humanista, considero que as pessoas devem ser o centro das políticas e da Economia. Penso não haver nada pior do que enriquecer o PIB de um Pais (e necessariamente também algumas pessoas mais privilegiadas), enquanto se empobrece a população. Prefiro menos PIB e melhor Estado Social – o que, digam o que disserem, é mesmo possível. Nos tempos modernos, penso que a maioria da população deve opor-se aos que vêem assim com naturalidade criar-se riqueza (embora no caso isso nem esteja a acontecer, porque o défice público português, segundo dados do Banco de Portugal de 5ª-feira passada, desde que este Governo tomou posse, subiu de cerca de 107% para cerca de 130% – número do fim de 2013 agora apurado em definitivo – do PIB), mas enfim, repito, devemos opor-nos aos que consideram natural criar-se riqueza que não é redistribuída pela população em politicas sociais.