Compreende-se que o Papa Francisco queira equilibrar o número de cardeais, entre os europeus e os do resto do mundo (sobretudo os de zonas mais periféricas), ao contrário dos seus antecessores imediatos. E que por isso Lisboa e Veneza tenham sido sacrificadas. Ou até que também aqui goste de marcar a diferença, rompendo regras que não vêm claramente da mensagem de Cristo. Ou será que os titulares destes 2 patriarcados (o de Lisboa, escolhido muito recentemente) estão a desiludir o Papa?
Como cidadão português e como católico, gostaria de ter uma informação qualificada sobre este assunto.
De resto, devo dizer que tenho admirado todo o trabalho do Papa Francisco – incluindo a escolha do bispo de Aveiro, que eu não conhecia, para suceder a D. Manuel Clemente no Porto. Eu apostava mais no de Bragança, D. José Cordeiro, mas concluí que o fazia apenas por este ser mais mediático. No entanto, o de Aveiro, pelas reacções locais contra o seu afastamento daquela diocese, deve ser muito mais perfeito – até por conseguir ser menos mediático. Se o Papa andou bem por aí (e não entregou o Porto a um bispo da Opus aparentemente ‘descoberto’ pelo conservadoríssimo Núncio de Lisboa, que ali pontificava interinamente) é porque está atento. Portanto, mais uma razão para conhecer os seus motivos sobre os Patriarcados que perderam o privilégio do cardinalato automático no primeiro consistório a seguir à nomeação.