Alentejo ganha hotel dedicado ao vinho e cavalo lusitano

Monforte, no Alto Alentejo, vai ter um hotel de cinco estrelas, que terá o vinho e a criação de cavalo lusitano como inspirações principais.

Na aldeia de Vaiamonte abrirá, a 2 de Abril, o Torre de Palma Wine Hotel, unidade de charme, com 19 unidades de alojamento (entre casas alentejanas, um loft e quartos no antigo celeiro) e capacidade para 64 pessoas. Terá ainda um restaurante de gastronomia alentejana, adega, espaço para eventos e encontros de empresas, picadeiros e uma horta biológica. Recuperando a tradição romana da zona, haverá ainda spa.

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Apostando num turismo rural de luxo, o empreendimento representa «um investimento que ronda os seis milhões de euros. Desses, três milhões foram para o hotel, que tem comparticipação em 75% do Turismo de Portugal, reembolsável», explicou Paulo Barradas Rebelo, que, com a esposa, Ana Isabel Rebelo, desenvolveu este projecto.

Com um preço por noite que rondará os 200 euros por quarto – incluirá actividades e uma refeição – este hotel terá como público-alvo o segmento médio-alto, sobretudo de Portugal, Espanha, Norte da Europa e Brasil.

«E será muito virado para produtos turísticos ligados à observação de aves e das estrelas, aos cavalos, ao vinho e gastronomia», enfatizou o empresário, que é também o presidente-executivo da farmacêutica portuguesa Bluepharma.

O casal – ambos da indústria farmacêutica – começou a trabalhar no Torre de Palma Wine Hotel em 2008, quando compraram a propriedade com o mesmo nome. O monte alentejano, cujas primeiras referências surgem em 1338, tinha sido ocupado no 25 de Abril e chegou a ser sede de uma unidade colectiva de produção durante seis anos, mas entretanto ficou ao abandono.

Além da unidade hoteleira, agora, os dois investidores pretendem produzir vinho para vender em lojas gourmet e exportar, prevendo alcançar uma produção de 60 mil garrafas dentro de dois anos. Há também intenção de lançar uma marca para comercializar produtos da região como queijo, azeite, mel ou enchidos. E para criar cavalos.

«Este projecto também tem o objectivo do turismo sustentável, ou seja, ter uma interacção muito grande com os produtores locais», detalhou Paulo Barradas Rebelo, hoje, num encontro com jornalistas, indicando que serão criados 20 postos de trabalho.

ana.serafim@sol.pt