O problema é que, a avaliar pelo comportamento do actual PSD, e pelo que se conhece do movimento socialista e social-democrata nos últimos anos (desde o britânico Blair, passando pelos alemão Schroder e espanhol Zapatero, até ao português Sócrates), tudo indica que o centro direita se arrisca a posicionar-se mais à esquerda do que o centro esquerda. Faz lembrar os tempos em que Adelino Amaro da Costa, do alto do seu humanismo cristão, dizia a Sá Carneiro que deviam trocar de lugares na AR, porque o CDS seria mais progressista e mais à esquerda do que o então PPD.
Ora hoje isso nem se discutiria – se o CDS fosse ainda o da dupla Adelino-Freitas.