É extraordinário como um empresário feito por si no pós 25 de Abril, e cuja fortuna (como a de todos os muito afortunados que não são afectados pela austeridade ditada por Passos Coelho) não parou de crescer com a crise, finge não saber as coisas da produtividade. Não reparou ele que os trabalhadores portugueses são sempre muito produtivos (no estrangeiro ou cá, na Auto Europa), quando as gestões (normalmente estrangeiras) e as organizações onde trabalham o permitem? Não sabe ele que a produtividade está mais ligada à gestão e organização empresarial, incluindo tecnologias e produtos fabricados (de maior valor acrescentado) – e que o rumo traçado por este Governo, com mais horas de trabalho e menos ordenado, só aponta para o contrário, em que estão rotinados e adormecidos os empresários portugueses? Não reparou ele que as multinacionais com produtividade instaladas em Portugal mantiveram o feriado de Carnaval, como têm mantido outros feriados, que o Governo só oferece às empresas para que os empresários possam ganhar mais com menos produtividade? E manterem assim os seus lucros na mínima produtividade?
A famosa produtividade
Ontem, que já foi dia de muitas notícias excitantes (situação na Ucrânia, manifestação de policias, digestão da vitória sobre os Camarões, afirmações governamentais de que os ordenados baixos vieram para ficar e de que o Governo pretende baixar indemnizações por despedimentos ilegais, etc.) e ainda veio o Eng. Belmiro de Azevedo atiçar os ânimos, com…