No ano passado, uma em cada sete raparigas entre os 18 e os 24 anos tinha abandonado os estudos sem ter terminado o ensino secundário ou sem frequentar um programa de educação ou formação alternativo, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de abandono precoce é um problema que se sente mais entre os rapazes, já que quase um em cada quatro (23,6%) tinha desistido de estudar sem concluir o 12.º ano.
Em 2013, a taxa de abandono precoce de educação e formação nacional foi de 19,2%.
No entanto, a média nacional esconde realidades regionais preocupantes, como são os casos das ilhas: Nos Açores, 45% dos rapazes e 27,7% das raparigas tinham desistido de estudar sem concluir o secundário e na Madeira, eram 35,4% dos rapazes e 18,8% das raparigas.
Apesar dos números ainda elevados, o INE mostra uma evolução positiva ao longo das últimas décadas que colocam Portugal cada vez mais próximo da média europeia, com especial destaque para as mulheres.
A média europeia da taxa de abandono escolar é de 10,9% para as mulheres e de 14,4% entre os homens, segundo dados divulgados hoje pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, o Eurostat.
Em apenas duas décadas, a taxa de abandono precoce em Portugal diminuiu 29,2 pontos percentuais. Em 1992, metade dos jovens com idades compreendidas entre os 18 e 24 anos não tinha completado o ensino secundário nem frequentava qualquer programa de educação ou formação alternativo. Já nessa altura, o abandono precoce da escola era mais significativo entre os rapazes (56,2% contra 44,2% das raparigas).
Vinte anos depois, em 2012, a taxa de abandono precoce dos rapazes entre os 18 e os 24 anos foi de 27.1% e entre as raparigas foi de 14,3%.
Lusa/SOL