A esquerda aqui ocupa a posição simétrica da direita mais reaccionária, que se refugia em questões religiosas (ao contrário do Papa, que numa recente entrevista ao italiano Correo de la Sera preferiu dizer, a propósito da eutanásia, que não é «especialista em bioética»), para se opor aos avanços científicos em matéria de controlo da natalidade: defende o aborto como forma paga pelo Estado para esse controlo. E refugia-se depois nas questões fracturantes (normalmente, também apoiadas pela direita mais reaccionária), para parecer moderna, e não cuidar em primeiro lugar das politicas sociais, e do apoio aos mais frágeis (como são os doentes graves, e não quem aborta por opção).
Esquerda igual à direita mais reaccionária
Os partidos de esquerda (PS, PCP e BE) uniram-se na Assembleia da República contra uma petição de cidadãos, que punha em causa o apoio do Estado e do Serviço nacional de Saúde ao aborto, com isenção total de taxas (ao contrário do que acontece com doenças graves). Só o CDS, numa surpreendente posição mais progressista,…