Dois meses depois, Paulo Laureano juntou outros amigos no restaurante Lisboa à Noite, no Bairro Alto, onde figuras da televisão como Luís Jardim, António Sala, José Carlos Malato, Toy e Mico da Câmara Pereira aproveitaram para aprender mais sobre vinho. Noite única, num local também único e onde a qualidade dos pratos servidos foi excelente e a convidar para visita mais aturada.
Mas vamos lá então às surpresas de Paulo Laureano. Fomos recebidos por vinhos monovarietais, onde as castas portuguesas foram as protagonistas. A única excepção vai para o óptimo Espumante Bucelas Paulo Laureano Bruto 2007, feito com uvas das castas Esgana Cão e Arinto e que se revelou cremoso, untuoso e estruturado, com enorme frescura e aromas minerais.
Seguiu-se o Dollium Escolha Branco Alentejo, colheita de 2012, agora sim, um monocasta, feito com Antão Vaz nas terras da Vidigueira. Fresco, aromático, amplo, com notas de casca de tangerina, só sai para o mercado em anos excepcionais como foi o caso.
O Maria Teresa Laureano Verdelho 2012 (homenagem prestada à filha do enólogo e produtor) foi outro grande momento. Feito com plantas trazidas da Madeira, exibe um perfil elegante com mineralidade acentuada e muita frescura. Uma autêntica festa para o nosso palato.
Numa outra homenagem, agora em nome do seu filho, chegou até nós o Miguel Maria Alfrocheiro 2011. Casta típica do Dão mas a ‘viver’ no Alentejo desde há muitos séculos, exibiu fineza aromática, frescura e elegância.
Provámos ainda o Selectio Touriga Nacional 2011, muito concentrada na boca e persistente e cujos aromas de violeta prometem explodir ainda mais dentro de algum tempo. Fazer Touriga Nacional no Alentejo não é fácil, mas este já demonstra equilíbrio e frescura.
Nota final para mais uma novidade: um Late Harvest muito bom e que, de certeza, fará sucesso quando chegar ao mercado.
Paulo Laureano, com os seus vinhos e a sua facilidade em criar amigos, vai fazendo sucesso. E merece-o.
