Segundo dados do INE divulgados pela imprensa de ontem, o aumento recente do consumo, que tão benéficos efeitos está a ter na martirizada economia nacional, deve-se a uma subida do consumo do Estado, sobretudo com o alargamento do horário de trabalho (gasta-se mais papel, mais electricidade, mais água, mais comunicações, mais material diverso). Resumindo: quando falham os cortes, as coisas correm melhor.
Porque, como dizem os 70 no seu Manifesto (com que podemos ou não concordar, mas não devemos querer calar, porque representa uma alternativa, e até bastante consensual, já que inclui os representantes patronais, um ex-presidente da CGTP e políticos de diversos credos), só com cortes, e sem gerarmos riqueza, nunca pagaremos a dívida. Por alguma coisa, com tantos cortes, não pára ela de aumentar.