E rejeitou que houvesse divergências entre o Ministério das Finanças, que quereria a venda total, e o da Economia, que defenderia a alienação parcial, segundo noticiou o Expresso. “Não há nenhum braço-de-ferro. Conheço as posições dos dois. Não existe uma posição definida. O que existe são os bancos de investimento a analisar as opções”, assegurou.
Voltou também a frisar que a TAP, cuja venda falhou em 2012, não depende da privatização para sobreviver, mas sim para se capitalizar e poder crescer mais rápido. Por isso, pediu que a privatização aconteça “o mais rápido possível”, até porque, segundo as regras europeias, as companhias áreas não podem receber ajudas do Estado. “Já houve declarações claras do Governo de que quer ter no mínimo dois interessados fortes para reabrir as negociações”.
Será este ano que se concretiza a venda, falada há uma década? “Não tenho a certeza de nada”, assumiu o gestor, que chegou à TAP em 2000, vindo da brasileira Varig, para conduzir a venda à Swissair, que nunca se realizou. “Não tenho nenhuma preocupação relativamente ao quando vai ser”, acrescentou.
Na quarta-feira a comissão de trabalhadores da TAP foi recebida pelo Secretário de Estado dos Transportes, reivindicando o direito a acompanhar o processo de privatização. “Pareceu-nos que a privatização está muito dependente da venda da Manutenção e Engenharia Brasil”, disse o coordenador do grupo, Vítor Baeta, referindo à Lusa que Sérgio Monteiro “utilizou muitas vezes o termo ‘se a TAP for privatizada’“.