Pestana estuda Macau e Timor

O Pestana quer ter hotéis em Macau e Timor, avançou quarta-feira um dos administradores do grupo, Florentino Rodrigues, no 1.º fórum de turismo na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), durante a Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorre até domingo.

“Há negociações. Este é um interesse objectivo do grupo”, assegurou ao SOL, escusando-se a revelar mais detalhes, nomeadamente se a estratégia passaria por comprar unidades já existentes e assumir a gestão.

Com hotéis em cinco dos oito membros da CPLP, o maior grupo hoteleiro português deverá começar a construir um complexo em Luanda, Angola, ainda no “primeiro semestre” deste ano. O Pestana Luanda Bay – que inclui duas torres de apartamentos, hotel com 255 quartos, escritórios e lojas – terá um investimento de 280 milhões de dólares repartido com outros dois parceiros. A unidade deverá estar concluída em 2017.

“Em África estamos a trabalhar no desenvolvimento do património que temos. No Bazaruto, Moçambique, estamos a fazer um empreendimento com turismo residencial e já estamos a estudar a segunda fase, porque 80% da primeira está vendida. São Tomé também tem potencial enorme. Em Cabo Verde está a correr muito bem. Recentemente, fizemos uma ampliação e está com óptimas taxas de ocupação”, resumiu. Actualmente, a África Subsaariana pesa 8% nas receitas de hotelaria do Pestana, que totalizaram 386 milhões em 2012 (ainda não há dados de 2013).

Expansão na Europa

Nos últimos meses, a empresa liderada por Dionísio Pestana, cuja rede tem 51 hotéis em 15 países, tem anunciado vários projectos. Em 2016, abre o Pestana Amesterdão, um 5 estrelas com 157 quartos, que terá um investimento de 35 milhões de euros. E também o Pestana Rio Barra, a segunda unidade no Rio de Janeiro, Brasil.

Depois de ter adquirido um hotel em Barcelona no ano passado – quando também inaugurou o hotel em Miami e passou a gerir o Colombos Resort, no Porto Santo, e um resort em Cuba -, Madrid também está no radar do grupo.

Numa entrevista desta semana à publicação espanhola de Turismo Hosteltur, José Roquette, administrador com a área de desenvolvimento, assegurou haver “negociações bastante avançadas para ter um hotel de quatro estrelas no centro da cidade, com 150 quartos, resultante da adaptação de um imóvel já existente que não é um hotel”.

Também responsável pelas Pousadas de Portugal, o grupo inaugurada a unidade da Serra da Estrela a 1 de Abril e está já a construir a Pousada de Lisboa, na Praça do Comércio.

ana.serafim@sol.pt