Juiz Teixeira e Justiça portuguesa

O juiz Rui Teixeira foi alvo de um processo do Conselho Superior da Magistratura, por ter recusado um processo escrito segundo o Acordo Ortográfico.

Pode-se dizer que a Justiça está a funcionar bem, por processar Teixeira. Não está. Este juiz já há muito mostrou a incapacidade com que exerce o cargo, e continua a desgraçar os desgraçados que, apanhados pela teia da Justiça, caem nas suas mãos. E, naturalmente, ficam tão mal, como se caíssem nas de outro colega, que pelos vistos poderá ser do estilo dele.

O Conselho Superior da Magistratura, demasiado liberal, nem ordenou que os juízes seguissem, nos seus escritos, o Acordo Ortográfico (com que, de resto, não me sinto confortável). Permite-lhes optarem, e escreverem como quiserem.

Ele, no entanto, menos liberal, não dá essas hipóteses aos outros. Quer que escrevam como ele acha e gosta.

O problema é que a recusa de um processo deve ter efeitos horríveis para quem nele se envolveu. Mas isso não preocupa um juiz, que já no processo Casa Pia actuou mais a seu gosto do que segundo as provas, e até aproveitou para se exibir na TV.

O juiz Rui Teixeira, mesmo com o processo do Conselho Superior de Justiça, é a imagem perfeita da péssima Justiça Nacional. Que se pode considerar bem acompanhada no estrangeiro, como se vê pelo caso dos Tribunais de Família ingleses (já alvo de denúncias em filmes comoventes, mas que agora marraram com uma família portuguesa, desprezando-a a ela e às suas crianças para seguirem as suas ideias do politicamente correcto – à custa de crianças e pais alheios).