Foi assim que nasceram as Quintas de Melgaço, que hoje reúnem 530 produtores de vinho Alvarinho, levando-o pelo mundo fora até 20 países. Não se sabe bem de onde veio esta casta, se da região do Reno, se da Grécia, ou até mesmo se nasceu por terras do Nordeste da Península Ibérica. O que é um facto é que é considerada a melhor casta branca portuguesa.
Monção e Melgaço são os seus berços de eleição e, apesar de estarem a curta distância do Atlântico, as montanhas protegem-nos dos ventos marítimos. Com vinhas plantadas a meia encosta e sempre refrescadas pela vizinhança do rio Minho, o exuberante aroma deste vinho encanta todos. Elegantes, evidenciando mineralidade, acidez e frescura, o Alvarinho rapidamente conquista qualquer mesa.
Fomos provar os novos QM Vinhas Velhas e o QM Alvarinho 2013. O primeiro, com exuberância de notas de fruta tropical e ligeiro floral, apresenta-se com estrutura na boca e final longo. Quanto ao segundo, de aroma frutado, revela-se macio na boca e tem final longo e persistente. Em garrafa envelhece bem entre três a cinco anos.
As Quintas de Melgaço deram-nos ainda a provar o seu Vinho Verde Espumante QM Super Reserva, com aroma ao mesmo tempo floral e frutado onde se destacam os frutos tropicais. A terminar, provámos o Vinho Verde Alvarinho QM – Vindima Tardia, apresentando notas de frutos maduros, mel e amêndoas. Excelente aperitivo para acompanhar foie gras e queijos.
Convém notar que, para se beber um Alvarinho, ele deve estar a uma temperatura entre os 10 e os 12 graus, arrefecido lentamente para poder conservar o aroma. Abra a garrafa meia-hora antes de consumir o vinho, que acompanha muito bem mariscos e peixe, mas que pode ser servido apenas como aperitivo.
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