A ascensão com o impulso das velhas glórias

A 18 de Maio de 2001, Frechaut, Petit e Jorge Couto festejavam no Estádio do Bessa o título de campeão nacional, maior feito do Boavista em 110 anos de história. Esta semana, os três estavam de novo junto ao relvado, agora sintético, um dia após a confirmação do regresso à 1.ª Liga. Entre um e…

Frechaut é o mais novo e, aos 36 anos, continua a jogar. É agora treinado por Petit e tem Jorge Couto como director-desportivo. Já Alfredo, guarda-redes que se destacou nos tempos do ‘Boavistão’ de Manuel José, na década de 1990, mantém-se como técnico de guarda-redes.

Outros jogadores da casa como Ricardo Silva e Fary, que não fizeram parte do plantel campeão com Jaime Pacheco mas que viveram o período áureo dos axadrezados, também integram a actual equipa, que segue no quinto lugar da zona Norte, no terceiro escalão.

Outra ex-glória que voltou foi Petit, mas para o cargo de treinador. Já lá vão dois anos. “Quando voltei, havia uma luz ao fundo do túnel com a possibilidade do regresso à 1.ª Liga. As dificuldades eram grandes, mas conseguimos trazer gente do clube, ex-jogadores, para abraçarem este desafio”, recorda o ex-médio, de 37 anos, que no início desta época convenceu o defesa central Ricardo Silva, com 39 anos, a regressar: “Conheço o Petit desde os 9 anos, crescemos juntos a jogar aqui no Boavista e ele disse-me que contava comigo para ajudar e incutir a mística nos mais jovens”.

Adeptos alimentaram jogadores

Foi o mesmo motivo que devolveu Frechaut a casa: “Desde os tempos em que eu jogava, houve algo que se manteve. Os treinos são para dar o máximo e os jogos para ganhar. É com esse espírito de exigência que espero voltar a jogar na 1.ª Liga”.

Antes de todos os outros, há três temporadas, já tinha regressado Fary. “Isto teria acabado se os adeptos e os funcionários tivessem largado o clube. Resistimos por solidariedade de uns para com os outros. A determinada altura, os adeptos levavam alimentos a casa dos jogadores estrangeiros, que não recebiam salários”, conta o avançado senegalês de 39 anos, que na pele de capitão de equipa lança o apelo aos boavisteiros para que regressem às bancadas.

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