Passos Coelho declarou aceitar agora o que até aqui recusara com denodo: negociar o aumento do salário mínimo – o que, embora com valores diferentes, tem vindo a ser defendido por organizações sindicais e patronais.
Mas Passos não vai ao ponto de declarar o seu amor por um aumento do salário mínimo, que até a Alemanha adoptou. Mesmo em campanha eleitoral, limita-se a admitir negociá-lo, e a dar a entender que, para o aceitar, espera ‘concessões’. Resta-nos acompanhar esta novela, e as próximas reuniões da concertação social, para sabermos o que Passos (que costume lançar rumores para os jornais, de modo a perceber melhor as reacções que não consegue antecipar de outra forma) realmente quer.