Em declarações aos jornalistas na zona do Porto de Pesca de Leixões – para onde foi rebocado o barco -, o comandante Martins dos Santos, da Polícia Marítima, informou que o pedido de socorro às autoridades foi dado cerca das 12h30, dando conta de que a embarcação, que estava 20 quilómetros a oeste de Leixões, estava “em processo de afundamento” devido à entrada de “bastante” água.
Com uma embarcação salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos e um semi-rígido da Polícia Marítima foi feito o socorro, que “teve como primeiro objectivo salvar as pessoas”, os seis tripulantes que “felizmente estavam bem”.
Um dos tripulantes a bordo, Paulo Renato, de 19 anos, falou aos jornalistas à saída do barco do “susto” que todos os pescadores apanharam e que na altura do afundamento foi preciso “manter a calma e não entrar em pânico”, tendo sido feito “tudo para que corresse bem”.
“Um dos homens foi à casa das máquinas e viu que algo estava errado, estava a entrar agua e a bomba não estava a esgotar”, relatou, acrescentando que à chegada dos meios os tripulantes saíram do barco de pesca e foram para o salva-vidas.
Uma outra embarcação de pesca, denominada ‘Romilda Paula’, estava nas proximidades do barco em risco de naufrágio, tendo também prestado auxílio.
“Estas situações dão sempre lugar a processos de investigação cuidados e este vai merecer alguma atenção, uma vez que os indícios no imediato não são conclusivos. Não há rombo, portanto temos que perceber o que é que aconteceu. No decorrer do processo que vai ser instaurado, vamos tentar concluir e identificar a causa”, explicou o comandante.
Martins dos Santos acrescentou ainda que será verificado “qual é que foi o tempo desde que os tripulantes detectaram a anomalia até que pediram socorro”, admitindo que “numa entrada de água tenham tentado resolver a situação”.
Eram cerca das 17h00 quando “André Filipe” chegou, por reboque, ao Porto de Pesca, estando os seus tripulantes a bordo da embarcação.
Depois de realizados todos os trâmites legais – inclusive a retirada do peixe que tinha sido pescado -, eram cerca das 18h30 quando o mestre e os restantes tripulantes da embarcação pisaram terra firme.
Lusa/SOL