Ora, sabendo que Passos se converteu eleitoralmente ao aumento do salário mínimo (quando ainda há um ano dizia que só traria mais desemprego), mas que pretende incluí-lo numa negociação que por lógica irá deixar os trabalhadores mais empobrecidos, e talvez adiá-lo a tempo de o rentabilizar nas legislativas, ficamos de pé atrás.
Porque, como reconhecem os economistas, o salário mínimo foi o que mais contribuiu para algum desenvolvimento económico no pós-25 de Abril, com o alargamento do mercado interno. E a avaliar pelo que tem acontecido ultimamente em Portugal (cada chumbo do Tribunal Constitucional de medidas do Governo coincide com melhores indicadores económicos e reacções positivas dos mercados internacionais), é de crer que voltasse a funcionar da mesma forma positiva para o relançamento económico.