É caso para dizer que os governantes, sempre de olho em futuros empregos privados, estão a ser mais papistas do que o Papa – acabando por pôr assim em causa as suas piores ambições. Porque, quando houver recuperação económica, e as empresas precisarem de trabalhadores, para crescerem e mesmo sobreviverem, vão ter de largar ordenados e condições que estimulem o regresso dos mais qualificados – entretanto enxotados para fora. A concorrência, na Europa, como se comprovará, e o Presidente Cavaco tem alertado, não se pode fazer pela miséria. E as novas tecnologias têm de beneficiar todos: empresários e trabalhadores em geral.
