Gosto de ti

Na visita à Austrália e à Nova Zelândia, a duquesa de Cambridge usou um vestido amarelo vivo e ouviu um piropo do marido. Segundo Kate Middleton, o príncipe William terá dito que a mulher “parecia uma banana”. Pelo que li na imprensa inglesa, ninguém gostou do elogio. Sarah Rainey, no Telegraph, criticou o gosto de…

Primavera demográfica

Muito se tem falado sobre a desgraça do Inverno demográfico que se abateu no nosso país. Como é hábito, a queixa, a responsabilização e a negatividade estão demasiado presentes no discurso. Ora, não é assim que se resolvem os problemas. Há que ter uma atitude aberta e prática no que respeita a esta questão e não dramatizar. Muito há a fazer e não se resolve apenas com uma política fiscal mais adequada a quem tem mais filhos. A primeira alteração está em criar condições para as mães poderem conciliar a maternidade com a profissão. As empresas devem oferecer a possibilidade de trabalho a tempo parcial às mães no primeiro ano de vida da criança. Além disso, as empresas devem facilitar o acesso a boas creches para as mulheres que tenham filhos pequenos, fazendo acordos com infantários, etc. São dois passos importantes para termos uma Primavera demográfica. Com a descida do desemprego e as melhorias na economia, vão ver que teremos um belo Verão.

Probabilidades

Um artigo curioso na Economist revela alguns dados sobre as probabilidades de sermos vítimas de homicídio. A primeira boa notícia vai para as mulheres. As probabilidades de serem assassinadas ficam reduzidas, a não ser que se casem ou vivam no Japão ou na Coreia do Sul. Uma vez que as mulheres não se dedicam tanto a actividades criminosas, correm menos riscos. As vítimas femininas morrem às mãos dos maridos ou namorados. Sobre os homens, o melhor é não viver nos Estados Unidos nem em África. Devem ainda evitar as Honduras, o país mais violento do mundo, em que é morta uma pessoa em 1.100, segundo dados das Nações Unidas. Bom também é envelhecer. Quanto mais velho, menos hipóteses há de ser assassinado. Tinha de haver uma vantagem. Excepto, calma, se viver na Europa. Aí o perigo espreita de novo às mulheres com mais de 60 anos que tiverem companheiros. Como combatemos as probabilidades? Vai tudo viver para a segura Singapura. Cada um na sua casa.

Novos bullies

A actriz Kim Novak quebrou o silêncio a que se votara desde o seu aparecimento na cerimónia dos Óscares com uma nota no Facebook em que se manifestou magoada com os comentários maldosos sobre a sua aparência. Lembremos que Kim Novak deixou Hollywood há décadas e que não é uma figura exposta a comentários insultuosos. Tem, além do mais, 81 anos. Confesso que eu própria, habituada à selva internética, fiquei impressionada com a vaga de comentários. Mais pela quantidade do que pela costumeira baixa qualidade. Como se de repente uma inocente tivesse uma multidão atrás dela a repetir barbaridades, só porque a própria entendeu fazer uma operação plástica. Kim Novak chamou bullying ao que sofreu e penso que o termo está bem aplicado. Fez também bem em contar a sua reacção de tristeza, mesmo que não produza efeitos. Os novos bullies estão agora nas redes sociais a ocupar o tempo que lhes sobra. Felizmente, nem tudo é assim. Mas é muito.

Cada vez melhor

Não posso dizer que vejo televisão. Vejo, isso sim, alguns programas de comentário e debate, além de séries estrangeiras, que selecciono. Mas não há nenhum programa que acompanhe todos os dias. Ou melhor, não havia. Melhor do que falecer, da autoria de Ricardo Araújo Pereira, interrompeu o hábito de ligar para um canal português uma ou duas vezes por semana. Dantes ligava para a TVI sobretudo ao domingo. Agora ligo todos os dias para assistir aos excelentes cinco minutos do Ricardo. Melhor do que falecer tem o bom gosto de não ser um programa de comentário satírico à actualidade. Tem as qualidades do português irrepreensível, das interpretações brilhantes de Ricardo Araújo Pereira e Miguel Guilherme e, acima de tudo, do talento único do Ricardo. Melhor do que falecer é melhor do que qualquer dos seus projectos individuais anteriores, sendo que cada um foi melhor do que o anterior. Crescer assim é muito bom. Também para quem o vê crescer.