No ano passado, o custo por metro quadrado (m2) chegou aos 4.266 euros, superando mesmo os valores registados no 3º trimestre de 2008, antes do início da crise, que rondavam os 3.700 euros/m2,mostram dados do Sistema de Informação Residencial (SIR), divulgados hoje.
As compras de estrangeiros interessados em ter o visto dourado – atribuído a investidores internacionais que comprem imóveis a partir de 500 mil euros – poderá justificar esta tendência, segundo a Confidencial Imobiliário, que gere o SIR.
Parque das Nações e Baixa são as zonas mais caras, com preços médios de venda por m2 no segmento alto a atingirem os 6.000 e 6.800 euros. Na ‘antiga’ expo, muito procurada por chineses, este indicador subiu 78% quando comparado com 2012.
As casas de luxo seguem em contra-ciclo com o mercado global de habitação na capital, já que, analisando todos os segmentos, os preços das casas caíram 3,2% em 2013, uma queda, ainda assim, menos acentuada que nos anos anteriores.
«Nota-se que o mercado está ‘partido’», explica o director desta entidade, Ricardo Guimarães. «Temos, por um lado, o mercado doméstico, que está estabilizar, com descidas cada vez menores de preços. E por outro, o mercado objecto da procura para efeitos de obtenção de vistos, que está numa rota de escalada de preços», resume.