Ontem, a vitória na mesmíssima prova constituiu uma grande festa para os benfiquistas, como se de um título de primeira grandeza se tratasse. Os sorrisos amarelos de há dois anos abriram-se em expressões de alegria esfuziante. Porque já não se tratava de uma ‘consolação’ mas de uma ‘consagração’. Depois do êxito no campeonato, era mais uma prova da supremacia encarnada. Uma prova que numa circunstância não vale quase nada pode tornar-se importantíssima numa circunstância diferente.
Agora o Benfica tem mais duas finais, mas entrou numa estrada perigosíssima. É como um corredor de F1 que rola a uma velocidade vertiginosa. Não tem tempo para descansar os músculos, nem acalmar os nervos, nem digerir as emoções. É só andar para a frente a alto ritmo.
Duvido muito que seja possível o Benfica ganhar as duas finais que faltam. Mas, se o conseguisse, o homem que na época passada tinha entrado, para muitos benfiquistas, na galeria dos malditos, ascenderia na Luz à categoria de semideus.
Porque deus só há um neste reino: o Deus Futebol.