"Se o país precisar é o que devem fazer", disse González durante uma entrevista ao programa "El Objetivo" da estação de televisão La Sexta, em que deu como exemplo a Alemanha, onde as circunstâncias "fizeram com que o país se pusesse de acordo para ir para a frente".
Para o antigo primeiro-ministro, não há nada que indique que a dispersão dos votos — que considera legítima — "ajude a resolver os grandes problemas do país" e sublinhou que "o mais preocupante é que ninguém é capaz de decidir em 20 minutos, com credibilidade, o que fazer com Espanha nos próximos 20 anos".
Felipe González revelou que se encontrou com o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, e líder do PP, para analisar a situação do país.
Sobre as eleições europeias, marcadas para o dia 25 de Maio, Gonzalez acredita que a abstenção vai ser elevada porque os cidadãos não compreendem que esta votação "tem, a longo prazo, mais importância que as eleições internas".
O histórico socialista espanhol, acrescentou que as eleições europeias vão ser o primeiro passo para a mudança das relações de força no sentido de políticas activas "capazes de criar emprego".
Por outro lado, anunciou também que vai continuar mais um ano no cargo de conselheiro da empresa Gas Natural e que se enganou quando afirmou que "estava aborrecido" com o trabalho.
Lusa / SOL