O anúncio foi feito em Leiria, perante uma plateia de muitos árbitros de futebol, mas Emídio Guerreiro esclareceu que a medida "é para todo o desporto".
"Há juízes e árbitros portugueses com um prestígio brutal lá fora, a arbitrarem torneios importantíssimos e até Jogos Olímpicos" e, por isso, "era importante dar este sinal, porque há uma carreira que tem de ser reconhecida".
O secretário de Estado afirmou que a medida avança em 2014, porque "não se pode ser insensível à importância que os árbitros têm no jogo e no desporto", onde "são uma componente essencial".
"Até aqui reconhecíamos o atleta, o clube e o treinador que o formava e não havia, dentro do enquadramento legal, algo que dissesse respeito aos árbitros. Achámos que este era o momento", disse à agência Lusa, explicando que haverá uma nova fórmula de cálculo para arranjar verbas e recompensar os juízes.
"Haverá uma redistribuição", explicou o governante, especificando que clubes e técnicos receberão menos para permitir pagar prémios a árbitros e modalidades que antes não estavam abrangidas: "O impacto orçamental não é muito significativo".
O secretário de Estado do Desporto disse acreditar que na próxima lista de prémios de mérito desportivo já vão constar árbitros.
"Há claramente uma melhoria da qualidade. Se isso não acontecesse, não tínhamos árbitros a arbitrar a final da Champions ou do Campeonato da Europa. Há uma melhoria e há que continuar a apostar nessas condições para continuarmos a ter cada vez mais e melhores árbitros de nível internacional", vincou.
O alargamento dos prémios às arbitragens visa também criar "outra cultura desportiva", explicou o governante.
"Há um défice, sobretudo quando as coisas correm mal para a nossa equipa. Todos nos enfurecemos nesses casos, mas todos temos de ter a capacidade de perceber que as coisas não podem ser assim. Os árbitros são homens e mulheres como nós que estão a dar o seu melhor", concluiu Emídio Guerreiro.
Lusa/SOL