Pessoalmente, antipatizo tanto com Sócrates como com Passos, embora este me pareça mais nocivo para Portugal (todas as boas notícias, desde o desenvolvimento económico inesperado com a saída da espiral da recessão em que andámos mergulhados, até à descida das taxas de juros da dívida pública, devem-se mais a outros, deste o Tribunal Constitucional português ao BCE; e à equipa de Passos devemos apenas o excesso de desemprego e a estratosférica dívida pública que nunca tinha atingido os montantes actuais).
Mas, de facto, aí estão as medidas socráticas outra vez: Nuno Crato, ministro da Educação, repõe o ensino de inglês e o relançamento das obras da tão vilipendiada Parque Escolar; Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, retoma os carros eléctricos e as energias alternativas que Santos Pereira, no início do passismo, atirara para os armazéns do que achava erros; e finalmente Portas rebusca o famoso simplex. Parece que o socratismo, afinal, é o melhor a que o passismo aspira, ao entrar em época eleitoral.