De acordo com uma nota enviada aos jornalistas da rádio pública, a que a Lusa teve hoje acesso, o CR/Rádio demissionário agendou para sexta-feira um plenário de urgência.
"Dando seguimento à solicitação dirigida ao Conselho de Redacção/Rádio demissionário, 'na sequência dos incidentes ocorridos nas últimas madrugadas' e cumprindo o artigo 7º, ponto 1, do Regulamento do Conselho de Redacção da RDP, vimos por este meio convocar todos os jornalistas para um Plenário com carácter de urgência, a ter lugar na próxima sexta-feira, dia 16 de Maio", refere a nota.
O CR da Antena 1 demitiu-se na segunda-feira em protesto contra as alterações na condução das emissões de madrugada, processo que este órgão considera "colocar em causa a Informação" da rádio pública.
De acordo com o CR, o processo de alteração (os animadores saíram de antena, ficando a emissão em piloto automático, exceptuando nos noticiários de hora a hora) "foi consumado na madrugada de domingo para segunda-feira, com prejuízo da qualidade do serviço informativo da Rádio Pública, tal como o CR/RDP já havia alertado na sexta-feira, dia 09 de maio, considerando que a própria lei não foi respeitada", de acordo com um comunicado enviado na altura.
Entretanto, a Direcção de Informação (DI) da rádio pública anunciou à redacção, na terça-feira, ter obtido garantias de que, apesar da alteração na condução das emissões de madrugada, "serão asseguradas todas as condições necessárias ao bom desempenho do trabalho jornalístico".
A DI garantiu ainda que "tem vindo a manifestar a sua discordância quanto à opção tomada, reconhecendo, contudo, que se trata de uma competência da exclusiva responsabilidade da Direcção de Programas", "assim como é da competência da Direcção de Programas criar as condições técnicas para que a edição e apresentação dos noticiários se faça cumprindo os padrões de qualidade da Antena 1 e as obrigações que resultam da lei".
A DI assegura que, "mantendo em todo este processo um diálogo franco e leal com o Conselho de Redacção, agiu com a descrição necessária e exigível à salvaguarda dos direitos dos jornalistas e em defesa do Serviço Público".
Lusa/SOL