Esta semana, a estatal russa Gazprom reclamou 1,66 mil milhões de dólares (cerca de 1,21 mil milhões de euros) de pagamento adiantado do consumo de gás estimado da Ucrânia durante o mês de Junho.
O ultimato da Gazprom, que definia como prazo de pagamento o dia 2 de Junho, referia que a companhia ucraniana tinha de realizar o pagamento adiantado sobre a matéria-prima energética prevista para ser entregue em Junho, na base de um consumo estimado de 114 milhões de metros cúbicos de gás por dia, conforme estipulado nos contratos.
A Ucrânia corre o risco de ficar sem gás a partir do dia 3 de Junho, caso não pague o montante exigido pela Rússia.
Em declarações aos jornalistas, Igor Didenko assegurou que a "Naftogaz está disposta a pagar cerca de quatro milhões de dólares" à empresa estatal russa se o preço do gás descer para os 268,5 dólares por cada mil metros cúbicos.
O preço actual do gás russo ronda os 485 dólares por cada mil metros cúbicos, depois de Moscovo ter cancelado todos os descontos atribuídos a Kiev, na sequência da destituição do Presidente ucraniano Viktor Ianukovich, considerado pró-russo, em Fevereiro deste ano.
Antes da deposição de Ianukovich, em Dezembro último, o Presidente russo, Vladimir Putin, tinha decidido baixar o preço do gás para 268,5 dólares.
O consórcio estatal russo calcula que o consumo mínimo mensal da Naftogaz, fixado num contrato firmado em 2009 entre a Rússia e a Ucrânia, ascende os 3.420 milhões de metros cúbicos.
A dívida acumulada da Ucrânia ao consórcio russo ascende, neste momento, os 3,508 mil milhões de dólares (cerca de 2,563 mil milhões de euros).
Lusa/SOL