O código penal norte-americano prevê penas entre os 21 e os 26 anos de prisão para os crimes praticados por Mansegur mas a equipa de acusação do julgamento que terá a sentença amanhã defendem que o “tempo cumprido” pelo arguido já é suficiente.
Tudo porque Monsegur provou ser um “valor extraordinário e produtivo” no combate das autoridades aos crimes informáticos. Nos últimos três anos, desde que foi detido, ‘Sabu’ terá ajudado a prevenir mais de três centenas de crimes cibernéticos, incluindo ataques às estruturas informáticas do exército norte-americano, do Congresso de Washington, da NASA, além de empresas privadas e tribunais.
Em 2012, Monsegur foi também cúmplice na operação policial que levou à detenção do hacker Jeremy Hammond, então o hacker mais procurado do mundo por ter publicado emails da agência Startfor.
No documento em que a acusação pede a compreensão do juiz para a sentença de amanhã, divulgado pelo New York Times, lê-se que Monsegur “trabalhou por vezes 24 horas por dia sob a direcção das autoridades”, ajudando a “reunir os seus co-conspiradores em conversas online que foram essenciais para confirmar as suas identidades e localizações”.
“Ele providenciou informação detalhada sobre o histórico de actividades do Anonymous, contribuindo decisivamente para o conhecimento das autoridades sobre as operações do grupo de hackers”.