Numa mensagem, divulgada através da sua página na rede social Facebook, a organização judaica manifesta a "sua profunda consternação e repulsa" relativamente ao ataque ocorrido no museu, considerando que teve um claro "motivo anti-semita".
"Face ao recrudescimento de actos antissemitas por toda a Europa, impõem-se uma forte condenação por parte da União Europeia", defende a comunidade, considerando que o autor do ataque não pode ficar impune.
O ataque ao museu judaico de Bruxelas, que ocorreu cerca das 15h50 de sábado (14:50 em Lisboa) e que causou a morte a quatro pessoas, foi também condenado pelo Congresso Europeu Judaico (EJC, na sigla em inglês).
O líder do EJC, Moshe Kantor, sublinhou que o ataque aconteceu dois anos após a morte de quatro judeus, incluindo três crianças, na cidade francesa de Toulouse e considerou tratar-se de "um claro exemplo de onde leva o ódio e o anti-semitismo".
"Os governos europeus devem enviar uma mensagem clara de tolerância zero contra qualquer manifestação de anti-semitismo", sublinhou.
No ataque de sábado morreu um casal de turistas israelitas e uma francesa. Um jovem de 20 anos, rececionista no Museu Judaico da Bélgica, ficou ferido e acabaria por morrer domingo no hospital.
Na sequência do ataque, a polícia belga divulgou três vídeos que mostram um atirador, com o rosto meio escondido por um boné, a tirar uma metralhadora Kalashnikov de um saco e a disparar sobre as vítimas.
No sábado, as autoridades belgas aumentaram o nível de alerta terrorista no país para quatro, numa escala de cinco, e reforçaram o nível de segurança junto à sinagoga de Bruxelas e a outros edifícios judaicos da capital belga.
Lusa / SOL