Moody’s mantém rating de bancos portugueses devido à sua frágil situação

A agência de notação financeira Moody’s manteve hoje o ‘rating’ de sete bancos portugueses, após ter subido a classificação da dívida soberana portuguesa, uma decisão que justificou com a fragilidade das instituições avaliadas.

Após a melhoria da nota da República portuguesa em um nível, de 'Ba3' para 'Ba2' (fora do grau de investimento), a agência de 'rating' anunciou hoje em comunicado que manteve o 'rating' [avaliação] de dívida e de depósitos da Caixa Geral de Depósitos, do BES, do BPI, do BCP, do Santander Totta, do Montepio e do Banif.

A Moody's explicou que a melhoria da nota de Portugal não levou ao mesmo movimento nos 'ratings' dos bancos devido à "fraca força financeira intrínseca", à fraca rentabilidade que têm registado e aos desafios que têm pela frente para melhorar a qualidade dos activos. 

Assim, as notas da Caixa Geral de Depósitos, BES e BPI mantêm-se em 'Ba3', com perspectiva negativa, enquanto a do BCP fica em 'B1' (perspectiva negativa) e a do Santander Totta em 'Ba1', este com perspectiva estável. 

A agência de 'rating' diz ainda que, no caso do 'rating' do BES, essa já "incorpora os problemas financeiros e as irregularidades contabilísticas identificadas no seu accionista indirecto Espírito Santo International" e garante que "continuará a acompanhar a situação de perto para avaliar qualquer impacto potencial" sobre a nota do banco.

Lusa/SOL