Já o presidente do Eurogrupo, o tal holandês de nome impronunciável (Jeroen Dijsselbloem), veio defender a descida dos impostos sobre o trabalho – mas numa de vistas curtas, apenas para descer os custos do trabalho para as empresas. Ora é preciso é descer impostos do trabalho de forma equitativa, e não pretender concorrer no seu custo com países sem politicas sociais (questão a negociar na Organização Mundial do Comércio, a favor de todos).
De resto, suponho que ninguém se importaria de pagar impostos, se soubesse que eles reverteriam para o bem comum (saúde, educação, estradas, etc.), e não sobretudo para as mordomias politicas (que em Portugal, com grande originalidade, se pretende identificar com custos da democracia). Talvez quando o PS entre por aí, e deixe de dar a noção de ter políticas parecidas com a dupla Passos/Portas, o eleitorado se mobilize mesmo à sua volta. O PIB não pode ser uma abstracção, de que só usufruem os ricos, tem de ser ligado a todas pessoas, e favorecê-las.