"Estamos hoje a viver numa outra China, onde os nossos direitos melhoraram de modo fundamental", afirma o Global Times a propósito da moção aprovada na quarta-feira em Washington apelando à China para "parar de censurar a informação sobre o massacre de Tiananmen".
Segundo realça o jornal, no início da década de 1990, "a maioria dos chineses estava a lutar para sair da pobreza" e "nunca imaginava que um dia conduziria o seu próprio automóvel, tinha propriedades pessoais e planeava viajar".
"Entretanto, muitos países em vias de desenvolvimento que seguiram cegamente as artimanhas de Washington sofreram dramáticos tumultos ou até guerra, e o seu desenvolvimento social afundou-se", acrescenta o Global Times, uma publicação do grupo Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chines (PCC).
Referindo-se ao "incidente político de 1989 na Praça Tiananmen", mas sem mencionar a sangrenta intervenção militar nas ruas de Pequim, o jornal refere que as medidas tomadas então pelo governo visavam "salvaguardar a estabilidade social".
Centenas de pessoas morreram e milhares de outras foram presas ou exilaram-se.
Um quarto de século depois, o movimento de 1989, iniciado por estudantes de grandes universidades de Pequim, continua a ser considerado "uma rebelião contra-revolucionária" e a data da sua liquidação, 4 de Junho, ainda é tabu.
Lusa/SOL