"A aplicação vai funcionar nas plataformas móveis, telemóvel ou tablet, assim como no PC [computador pessoal] de secretária, e, atendendo à localização geográfica do consumidor, indica todos os pontos próximos onde é possível entregar resíduos de equipamentos eléctricos", explicou à agência o director executivo da Associação Nacional para o Registo de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (ANREEE).
A colocação dos aparelhos antigos e já sem utilização, como aspiradores, secadores de cabelo ou torradeiras, nos locais correctos, como os electrões, permite, por um lado, evitar que fiquem abandonados na natureza, sendo causa de poluição, por outro lado, que os seus materiais sejam reciclados e reaproveitados.
Rui Cabral referiu que o novo serviço, chamado REEE Move, "dá a rota até esses locais, [indica] horários, ou se há limites de dimensão para a recepção dos aparelhos".
"Instantâneo e fácil para todos" é como o responsável classifica a aplicação, acrescentando que ainda não existia essa informação, a nível nacional, condensada num único local.
Segundo Rui Cabral, já são cerca de mil os pontos de recolha em todo o país, localizados principalmente junto dos locais com mais população e que incluem centros comerciais, mas também corporações de bombeiros e serviços municipais, incluindo, por exemplo, a recolha porta a porta.
O crescimento do número de equipamentos colocados no mercado português em 2013 tem como consequência o aumento da quantidade de resíduos nos próximos tempos, o que juntamente com as novas regras de recolha, mais ambiciosas, da nova directiva, "vai trazer desafios" aos operadores, salientou o director executivo da ANREEE.
As recolhas têm de aumentar proporcionalmente até 2016 para representarem 45% do peso médio colocado no mercado em equipamentos, o que, com números actuais, de 2011 a 2013, "estaríamos a passar de quatro quilogramas para seis quilogramas" por habitante, explicou Rui Cabral, acrescentando que, em 2019, o objectivo é 65% e nove quilogramas.
"Há aqui muito trabalho a ser feito, muita consciencialização, fiscalização e cooperação entre todas as entidades envolvidas para que consigamos atingir esta meta", defendeu o responsável da ANREEE.
Para Rui Cabral, o que faz com que aumente o número de resíduos recolhidos é a garantia de que todos os equipamentos velhos são devidamente recolhidos, reportados e depois reciclados correctamente e "esse é um dos desafios básicos".
Na União Europeia, cerca de 60% dos resíduos eléctricos é devidamente recolhido, mas só um terço é devidamente tratado, acrescentou.
Lusa/SOL