Liderado pelo professor da FMUP Jorge Polónia, este trabalho avaliou a prevalência, taxa de conhecimento e controlo da hipertensão arterial no nosso país por registos efectuados em dois momentos diferentes, com dez anos de distância.
Permitiu também – pela primeira vez – calcular, numa amostra representativa da população portuguesa, o real consumo de sal e identificou factores genéticos associados a um risco aumentado de eventos cardiovasculares e diabetes.
Segundo os autores do trabalho, "estes novos dados podem abrir portas à identificação dos grupos de maior risco, facilitando o seu tratamento".
Portugal encontra-se no topo da tabela dos países europeus em que é maior a relação entre a mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) e a ingestão média diária de sal. No entanto, de acordo com o estudo da FMUP, verificou-se uma diminuição de 46% da mortalidade causada por esta doença, relativamente a 2003.
Os dados deste trabalho serão apresentados segunda-feira em conferência de imprensa, na FMUP.
Lusa/SOL